Para
muitas pessoas, o temor da morte é uma
causa de perplexidade, falece-lhes fundamento para semelhante temor.
Mas, que queres! Se procuram persuadi-las, quando crianças, de que há
um inferno e um paraíso
e que mais certo é irem para o inferno, visto que também lhes disseram que o
que está na Natureza constitui pecado mortal para a alma! Sucede então
que, tornadas adultas, essas pessoas, se algum juízo têm, não podem admitir
tal coisa e se fazem atéias, ou materialistas. São assim levadas a crer
que, além_da_vida_presente, nada mais há. Quanto aos que persistiram nas
suas crenças da infância, esses temem aquele fogo eterno que os queimará sem
os consumir.
Ao
justo, nenhum temor inspira a morte, porque,
com a fé, tem ele a certeza do futuro. A esperança
fá-lo contar com uma
vida melhor; e a caridade,
a cuja lei obedece, lhe dá a segurança de que, no mundo para onde terá de ir,
nenhum ser encontrará cujo olhar lhe seja de temer.
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O homem carnal, mais preso à vida corpórea do que à vida_espiritual tem, na Terra, penas e gozos_materiais. Sua felicidade consiste na satisfação fugaz de todos os seus desejos. Sua alma, constantemente preocupada e angustiada pelas vicissitudes da vida, se conserva numa ansiedade e numa tortura perpétuas. A morte o assusta, porque ele duvida do futuro e porque tem de deixar no mundo todas as suas afeições e esperanças.
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O homem moral, que se colocou acima das necessidades factícias criadas pelas paixões, já neste mundo experimenta gozos que o homem material desconhece. A moderação de seus desejos lhe dá ao Espírito calma e serenidade. Ditoso pelo bem que faz, não há para ele decepções e as contrariedades lhe deslizam por sobre a alma, sem nenhuma impressão dolorosa deixarem.Quem teme a morte é o homem, não o Espírito. Aquele que a pressente pensa mais como Espírito do que como homem. Compreende ser ela a sua libertação e espera-a.
Fontes:www.guia.heu.nom.br;Obra: "O Livro dos Espíritos", questões 858 e 941, de Allan Kardec;Romeu L. Wagner, Belém, Pará.
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