A fascinação é o processo de
obsessão mais grave. É allan Kardec ainda quem
assim se refere, falando dessa situação obsessiva: "A
tarefa de desobsessão se torna mais fácil quando o obsedado, compreendendo
a sua situação, oferece o concurso da sua vontade e das suas preces. Dá-se o
contrário quando, seduzido pelo obsessor.
Na fascinação, existe um mecanismo de profunda ilusão instalada na mente
enferma do paciente. Ele afeta as faculdades intelectuais, distorcendo o raciocínio,
a capacidade de julgamento e a razão. O Espírito obsessor engana o doente
explorando suas fraquezas morais, iludindo-o com falsas promessas.
Um fascinado não admite que está obsediado. O defeito moral que provoca a
fascinação é o orgulho. Infelizmente todos nós seres humanos ainda temos
essa erva daninha na intimidade da alma. Bons valores mediúnicos já se
perderam por causa da supervalorização que algumas pessoas deram ao seu amor
próprio.
Os Espíritos fascinadores são hipócritas. Não possuem qualquer receio de se
enfeitar com nomes honrados e, mesmo assim, levarem suas vítimas a tomarem
atitudes ridículas perante a coletividade.
A fascinação é mais comum do que se pensa. Atualmente, atinge o Movimento Espírita
como uma doença moral muito séria. É ela a responsável pela edição de
livros anti-doutrinários e comprometedores existentes no mercado da literatura
espírita em bom número. Essas obras são escritas por médiuns e escritores
vaidosos, que sob o império da fascinação, não se dão conta do ridículo a
que se submetem.
Também é a fascinação a responsável por inúmeras condutas esdrúxulas
observadas em centros espíritas, tais como a entoação de cânticos, utilização
de roupas e paramentos nas sessões, uso de cromoterapia, transformação da
tribuna em anedotário etc.
Os
intelectuais, embora instruídos, não estão livres da fascinação. Alguns
desses indivíduos, por confiarem excessivamente no seu pretenso saber,
tornaram-se instrumentos de Espíritos fascinadores e passaram a divulgar no
Movimento Espírita conceitos anti-doutrinários nocivos à fé espírita.
Allan Kardec alerta para outro grave perigo: o da fascinação de grupos espíritas.
Iniciantes afoitos e inexperientes podem cair vítimas de Espíritos embusteiros
que se comprazem em exercer domínio sob todos aqueles que lhes dão ouvidos,
manifestando-se algumas vezes como guias e outras como Espíritos de outra
natureza.
A fascinação também pode cair sobre grupos experientes que se julguem maduros
o suficiente para ficarem livres de sua danosa influência. O orgulho e o
sentimento de superioridade é a porta larga para a entrada dos Espíritos
fascinadores. Portanto, deve-se tomar todo o cuidado quando na direção de
centros espíritas e das sessões de atividades mediúnicas. Os dirigentes são
alvos preferidos dos Espíritos hipócritas que, dominando-os, podem mais
facilmente dominar o grupo.
Fontes:
www.guia.heu.nom.br;
www.espírito.org.br, por José Queid Tufaile Huaixan;
Romeu L. Wagner, Belém, Pará.
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