Quando
menino, eu tinha por apelido, "o fogo-de-palha".
Estava
sempre com um plano novo na cabeça e, a respeito, falava entusiasticamente
à minha família.
Começava
a tarefa, porém logo me sentia desanimado e a largava desinteressado.
E
uma outra ideia magnífica jorrava de meu espírito, para ter o fim de sempre.
Embora
o fato se repetisse constantemente, não havia, em minha casa, comentários
a respeito.
Em
certo dia de verão, meu pai, que lia o seu jornal na varanda, chamou-me. Estava com uma lente na mão e me disse:
Preste atenção e irá ver uma coisa muito interessante. É uma experiência...
Com
o sol incidindo na lente, passeava o foco de luz pela folha do jornal,
porém nada acontecia. Eu estava intrigado.
Então
ele deteve o movimento e manteve o ponto de luz imóvel por algum tempo,
focalizando os raios solares. Dentro de poucos segundos o papel se incendiou
e surgiu ali um furo.
Escusado
é dizer que aquilo me fascinou, mas não entendi logo o significado da experiência. Então meu pai me explicou:
Meu filho, este princípio se aplica a tudo que fazemos. Para
alcançarmos qualquer êxito na vida é indispensável concentrar todos
os nossos esforços na tarefa do momento. É como a
concentração dos raios do sol filtrados pela lente.
Enquanto ela percorreu às tontas a folha do jornal nada aconteceu.
Mas, quando se deteve, você viu o furo provocado. Tudo
questão de paciência, tempo e concentração. Às vezes, quando
estamos
prestes a desistir, aparece-nos a solução do
problema, justamente como no caso do furo no papel.
Desse
incidente me recordei inúmeras vezes em minha vida, o que me deu sempre
muita coragem para perseverar até o
fim.
Fontes:
www.guia.heu.nom.br;
Por colaboração de Ridan Oliveira (ritanbalchy@hotmail.com).
Romeu L. Wagner, Belém, Pará.
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