O homem selvagem, que se reconhece dominador na hierarquia animal,
cruel habitante da floresta, que apura a inteligência, através da força e da
astúcia, na escravização dos seres inferiores que se lhe avizinham da
caverna, desperta, fora do corpo denso, qual menino aterrado, que, em se
sentindo incapaz da separação para arrostar o desconhecido, permanece, tímido,
ao pé dos seus, em cuja companhia passa a viver, noutras condições vibratórias,
em processos multifários de
simbiose, ansioso por
retomar_a_vida_física que
lhe surge à imaginação como sendo a única abordável à própria mente.
Não dispõe, nessa fase, de
suprimento espiritual que o ajude a pensar em termos diferentes da vida tribal
em que se apóia.
O espetáculo da vastidão cósmica
perturba-lhe o olhar e a visita de seres extraterrestres, mesmo benevolentes e sábios,
infunde-lhe pavor, crendo-se à frente de deuses bons ou maus, cuja natureza
ele próprio se incumbe de fantasiar, na exiguidade das próprias concepções.
Acuado na choça, onde a morte lhe
furtou o veículo_físico, respira a atmosfera morna em que se acasalam os
seus herdeiros do sangue, para somente ausentar-se do reduto doméstico quando
a família se afasta, instada por duras necessidades de subsistência e de
asilo.
E o homem primitivo que desencarnou, suspirando pelo devotamento dos pais e, notadamente, pelo carinho
do colo materno, expulso do vaso fisiológico, não tem outro pensamento senão
voltar — voltar ao convívio revitalizante daqueles que lhe usam a linguagem
e lhe comungam os interesses.
Fontes:
www.guia.heu.nom.br;
Livro: "Evolução em Dois Mundos", página 89, de André Luiz, pelo Médium Chico Xavier;
Romeu L. Wagner, Belém, Pará.
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