Jesus
aponta a compensação que hão de ter os que sofrem e a resignação
que leva o padecente a bendizer do sofrimento,
como prelúdio da cura.
Também podem essas palavras ser traduzidas assim:
-
Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas passadas faltas vos fizeram contrair;
-
suportadas pacientemente na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura.
-
Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a tranqüilidade no porvir.O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, conforme o modo por que encare a vida terrena. Tanto mais sofre ele, quanto mais longa se lhe afigura a duração do sofrimento.
-
Ora, aquele que a encara pelo prisma da vida espiritual apanha, num golpe de vista, a vida corpórea. Ele a vê como um ponto no infinito, compreende-lhe a curteza e reconhece que esse penoso momento terá presto passado. A certeza de um próximo futuro mais ditoso o sustenta e anima e, longe de se queixar, agradece ao Céu as dores que o fazem avançar.
-
Contrariamente, para aquele que apenas vê a vida corpórea, interminável lhe parece esta, e a dor o oprime com todo o seu peso.
Daquela maneira de considerar a vida, resulta ser diminuída a importância das coisas deste mundo, e sentir-se compelido o homem -
-
a moderar seus desejos,
-
a contentar-se com a sua posição, sem invejar a dos outros,
-
a receber atenuada a impressão dos reveses e das decepções que experimente.
Dai tira ele uma calma e uma resignação
tão úteis à saúde do corpo
quanto à da alma, ao passo que, com a inveja,
o ciúme
e a ambição, voluntariamente se condena à tortura e aumenta as
misérias e as angústias da sua curta existência.
Fontes:
www.guia.heu.nom.br;
Obra: "O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Allan Kardec;
Romeu L. Wagner, Belém, Pará.
Nenhum comentário:
Postar um comentário